terça-feira, 2 de dezembro de 2014

EDI MORRO DOS TELÉGRAFOS RECEBE A VISITA DO SOL, O GIRASSOL!!!

Sol, o girassol insatisfeito e sonhador foi dar mais um passeio. Desta vez, ele foi conhecer novos amigos no Espaço de Desenvolvimento Infantil Morro dos Telégrafos. 


Com quase 30 anos de existência, a escola, anteriormente conhecida como Casa da Criança Morro dos Telégrafos, recebe crianças dos três aos cinco anos e, através dos vários projetos desenvolvidos na escola, realiza um trabalho de preparação dos pequeninos para o primeiro ano do ensino fundamental.

E foi como culminância de um desses projetos, Pequenos Ouvintes Futuros Leitores, cujo objetivo é despertar, incentivar, valorizar e promover a leitura no âmbito escolar, que o Sol, o girassol, foi convidado a contar as suas aventuras e descobertas por lá. 

Foram momentos muito prazerosos e a equipe de professores e as diretoras receberam o girassol sonhador e sua autora com muito carinho. Sol e eu aproveitamos para deixar aqui registrado o nosso agradecimento a todos os profissionais da escola: professores, diretores, auxiliares e, é claro, às queridas crianças! 


Confiram agora alguns desses momentos agradáveis e felizes:

Registrando o momento (da esquerda para a direita): professora Regina, diretora Simone Barcellos, professoras Liliane e Jaqueline, eu e professora Patrícia.

No trenzinho da literatura (da esquerda para a direita): professora Regina, diretora Simone Barcellos, professoras Patrícia e Liliane, eu, professora Jaqueline e a diretora-adjunta Jurema Lopes.

Diretora Simone Barcellos, anos de dedicação aos projetos da escola.

Recebendo o carinho da diretora-adjunta e profissional dedicada Jurema Lopes.

Professora Cleide Masi, responsável pelo convite ao Sol.





















Com a professora Isabela.




















Professora Roqueline, Sol e eu.




















Contando a história: 





 




















Recebendo o carinho da criançada!!!








sexta-feira, 14 de novembro de 2014

CRÔNICA DO DIA: O PERDÃO.

Duas amigas me pediram para ler um livro sobre um pai atormentado pelo assassinato da filhinha caçula. Depois de três anos a procura do corpo da criança e cheio de ódio, rancor e indignação, esse homem tem um encontro com aquele a quem dirige sua mais veemente intolerância: DEUS. 

Assim que o livro me chegou às mãos, comecei a lê-lo com uma certa má vontade e pensava: "hum, esse livro deve ser triste, amargo, sofrido..." Bem, mas decidi ir frente. Afinal, minhas duas amigas queriam minha opinião sobre um determinado ponto da história. Uma achava que o tal homem havia morrido e a outra que ele viveu um sonho. Não vou contar aqui o final, mas posso adiantar para vocês que o livro me fez parar algumas (ou muitas) vezes para refletir. 

Sim, a história é triste. Sofrida? Muito. Quem pode medir a dor de um pai, que perde a filha brutalmente assassinada? Ninguém. Quem, no seu íntimo, não acharia que Deus é injusto e cruel por permitir tamanha atrocidade? Quem já viveu experiências semelhantes pode responder isso melhor do que qualquer pessoa. Quem tem filhos, fica profundamente incomodado com a história. E também, por que não dizer, revoltado. A grande pergunta que se faz é: existe perdão para quem comete um crime dessa envergadura? Você perdoaria? Em tempos de intolerância por todos os lados nas mais pequeninas coisas, em um caso como esse, perdoar, certamente, seria muito difícil.

Algumas religiões pregam o perdão como um esquecimento do passado, orientando que se deve colocar um véu sobre ele. Não um véu transparente, mas sim um que tenha um tecido mais espesso. Isto é, colocar uma espécie de ponto final, "uma pedra no assunto". "Será que é possível?", perguntei a mim mesma. O livro indica uma possibilidade bastante interessante:

"Perdoar não significa esquecer. Significa soltar a garganta da outra pessoa."

Fiquei intrigada com a metáfora, caros amigos. Como seria soltar a garganta da outra pessoa? Que atitude determinaria que eu estaria soltando a garganta do meu algoz? Deus, ou Papai como é chamado no livro, ouvindo meu questionamento, continua:

"O perdão não estabelece um relacionamento. O perdão existe em primeiro lugar para aquele que perdoa, para liberá-lo de algo que vai destruí-lo, que vai acabar com sua alegria e capacidade de amar integralmente e abertamente. O perdão não exige de modo algum que você confie naquele a quem perdoou. A não ser que as pessoas falem a verdade sobre o que fizeram e mudem a mente e o comportamento, não é possível um relacionamento de confiança. O que ele fez foi terrível. A raiva é a resposta certa para algo tão errado. Mas não deixe que a raiva, a dor e a perda que você sente o impeçam de perdoar e de tirar as mãos do pescoço dele."

Pode ser que eu esteja errada, mas acho que o Deus do autor William P. Young, no livro "A Cabana", quer dizer que se não soltarmos a garganta do algoz, nós iremos morrer com ele, afogados na mágoa, no ressentimento, no ódio e no rancor. Até aí, foi fácil, certo? No caso desse pai, não é difícil entender os seus sentimentos e suas atitudes revoltadas. Afinal, sua experiência é triste, traumática e sofrida. Mas no dia a dia temos a oportunidade de "soltar a garganta" de vários algozes, nas situações mais corriqueiras. 
O ambiente familiar e o de trabalho são os melhores lugares para se exercitar o perdão e a tolerância. Ao mesmo tempo, podem ser ainda mais difíceis para a prática deste exercício. No caso do assassino, nós, provavelmente, não iremos conviver com ele diariamente. Mas no caso de um irmão, parente ou colega de trabalho, teremos que olhá-lo com uma frequência bem maior do que desejaríamos. E aí, será que conseguiremos? 

Nosso cotidiano é recheado de pequenas vilanias, aparentemente inofensivas, mas que se descobertas, podem estabelecer um abismo nos relacionamentos. Falar mal de um colega, mentir para os companheiros, maltratar irmãos, filhos, pais... A lista é grande demais. Quantas vezes nos sentimos magoados com alguma atitude e as nossas reações são as mais diversas possíveis. Uns nunca mais se falam. Outros fingem esquecer, mas seguem alimentando o próprio interior de um rancor mudo, dolorido, ressentido. Fiquei pensando como seria "tirar as mãos do pescoço" desse algoz sutil, mas ferino? Não sei se cheguei ao certo a alguma conclusão. 

Sabe aquele amigo que mora no mais íntimo do seu coração? Pois é, um belo dia, ele diz uma palavra, ou toma alguma atitude que fere profundamente a sua sensibilidade e abala um sentimento que parecia forte. Esse relacionamento fica estremecido e nada parece conseguir resgatar os sentimentos de outrora. O que fazer com essa mágoa, esse ressentimento? As opções não são muitas. Você pode passar dias desejando que alguém seja capaz de feri-lo tanto quanto ele te feriu. Ou fingir que o ignora, mas mantendo a vigilância sobre tudo que lhe acontece para ver se algo está fazendo com que ele sofra de alguma forma. Ou, simplesmente, riscá-lo da sua vida e fazer de conta que ele nunca fez parte dela. Enfim, muitas reações para apenas uma ação. Todas, de certa forma, não deixam você tirar as mãos do pescoço desse inimigo sutil e tão presente, não é mesmo?

Mas como arrancar a dor, o rancor e o ressentimento causados por tão grande decepção? Resposta difícil. Quando somos traídos, muitas vezes temos até dificuldade em tocar no assunto. Machuca, fere, dói. Pois é, eu acho que aí é que está o erro. Trancar dentro de nós mesmos emoções tão dolorosas nos fará para sempre prisioneiros desse sentimento cinzento e obscuro. Temos que arrancá-lo de lá, custe o que custar. Mas como?

Pode parecer loucura, mas quando não se consegue verbalizar a dor para alguém real e concreto, talvez falar consigo mesmo, ou com o espelho possa ajudar. Verdade. Colocar para fora em voz alta pode ajudar a limpar o coração e a mente dessa sujeira rancorosa, que só vai fazer mal, em primeiro lugar, a nós mesmos. É uma tentativa. Com o coração leve e limpo, talvez fique mais fácil seguir em frente, tentando sempre não esperar mais das pessoas do que elas podem nos dar. Cada um tem que encontrar a sua forma de "tirar as mãos da garganta do outro". 

Uma frase me vem à cabeça neste momento. A primeira vez que a ouvi foi em uma palestra, que pretendia explicar por que as pessoas se decepcionam. O palestrante disse: "nós nos decepcionamos com as pessoas porque as idealizamos". É verdade. Sempre esperamos que as pessoas sejam ou façam aquilo que NÓS imaginamos, quando, na realidade, cada indivíduo é um ser único e, como tal, age de acordo com suas próprias crenças e experiências. 

Bem, talvez, o grande exercício diário a ser feito seja mesmo tentar não idealizar ninguém ou nenhuma situação. E, se ainda assim, situações ocorrerem que exijam o nosso esforço de compreensão, que consigamos, então, "tirar as mãos da garganta do nosso algoz". Buscar justiça, no caso do pai mencionado no livro, para impedir que o mal se propague e fira outras pessoas. Mas não vingança. Talvez, quem sabe, essa seja uma forma de alcançar a desejada libertação. Talvez... Quem sabe...

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

BLOG DA FÁTIMA AUGUSTA: TRÊS ANOS!!!


FELIZ ANIVERSÁRIO PARA O BLOG DA FÁTIMA AUGUSTA!!!

Hoje é um dia especial... É o dia do aniversário do Blog da Fátima Augusta. Três anos se passaram desde a primeira postagem, que contava como nasceu a ideia da história do girassol chamado Sol que não queria olhar para o sol.


Muitas águas rolaram, muitas novidades surgiram, muitas ideias brotaram. E hoje, o Blog ganhou um público fiel, amigo e que espera sempre por uma nova postagem.

Que tal um bolinho para comemorar essa data tão especial? Afinal, este aniversário é tão querido e tão festejado!


Como de costume, vou aproveitar a oportunidade para divulgar as cinco postagens mais visitadas no último ano. Vejam só:


E vocês? Já escolheram qual a sua postagem favorita do Blog da Fátima Augusta? Opinem, escolham e, se quiserem, podem sugerir algum assunto que gostariam de ver abordado neste blog. 

Espero por vocês!

E...  Mais uma vez MUITO OBRIGADA, caríssimos leitores e amigos!!!

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

CRÔNICA DO DIA: UM PAÍS DIVIDIDO "TECNICAMENTE".

As campanhas eleitorais para presidente têm sido um desgaste para os relacionamentos. Sejam eles de que espécie for: amorosos, amistosos, trabalhosos... Se a coisa já estava periclitante no primeiro turno, agora com a certeza e a iminência do segundo degringolou de vez. São agressões verbais, virtuais ou não, em vários tons... FORTES! Acusações de ambos os lados levam a discussão eleitoral para bem longe dos programas de governo e para bem perto da linha de... Quem roubou menos? Só se ouve falar em mensalão tucano, mensalão petista, privatizações indecorosas, "eu prendo", "eu abafo"... Velhas ideologias, antigos aliados, remotas alianças de um passado não muito distante convivem nessa campanha feroz e dividem os votos válidos de uma população perdida em meio a esse tiroteio de acusações. 

Para colorir ainda mais o cenário, temos as pesquisas de intenções de voto. Segundo elas, o candidato tucano está "tecnicamente" empatado com a candidata petista. Mas qual será o real significado desse resultado "técnico"? Difícil chegar a uma conclusão. O resultado obtido por amostragem afirma e adianta que esta eleição, marcada para o próximo dia 26 de outubro, vai ser decidida voto a voto. Haja coração! Deve ser uma sensação parecida com a decisão por pênaltis na Copa de 1994. Que sofrimento! Bem, mas devemos guardar as devidas proporções, afinal, política não é uma paixão nacional como o futebol. Será que não? Tenho minhas dúvidas. O assunto está presente em quase cem por cento das publicações nas redes sociais. Mesmo naquelas que avisam que não gostam de discutir política. Verdade seja dita, quantas começam assim: "prometi que não ia mais falar das eleições, mas o candidato..." E aí começa novamente o toma lá, dá cá. Todo mundo virou fiscal, comentarista e investigador. Ah, e dono da verdade absoluta também! 
Vídeos antigos das igualmente antigas promessas e alianças brotam a todo minuto. E, ao final, pouco se sabe o que acontecerá com o nosso amado país no ano que vem, quando teremos um novo chefe de estado. Digo que ninguém sabe o que acontecerá, porque não sabemos mesmo como esse novo líder vai trabalhar com o "novo" congresso eleito. O momento é de incertezas, seja o que for "tecnicamente" decidido no último domingo de outubro de 2014.

De novo me deparo com o tal do empate técnico. Não sei não, mas às vezes, me pego pensando se os famosos institutos de pesquisa estão com medo de afirmar alguma coisa, "bater o martelo" como se diz popularmente. Afinal, a credibilidade deles também está em jogo. E ela deve ficar dentro da "margem de erro", mais ou menos, "dois pontos percentuais para mais ou para menos".

Sabe o que eu acho? De verdade? Esta eleição "tecnicamente" empatada vai ser decidida com os votos dos indecisos. Eles estão com "a faca e o queijo na mão". Mas só vão decidir se cortam ou não no dia 26 de outubro.

A única coisa que peço, ou melhor, que sonho... Não! Que desejo do fundo do meu coração! É que o vencedor, ou a vencedora, faça desse país um lugar cada dia melhor para se viver. Um lugar digno, seguro, sustentável, tolerante, saudável para a grande maioria da sua população. E que a minoria, ou a outra metade "técnica", respeite o desejo apurado e expresso nas urnas. Que vença o melhor! Ou aquele que conseguir dar a palavra final, sem direito a réplica ou tréplica!!!


quarta-feira, 30 de julho de 2014

SOL, O GIRASSOL retorna ao CAp!!!

Sol, o girassol insatisfeito, que adora passear e fazer novos amigos para sentir-se feliz, foi convidado a retornar ao CAp-UERJ, o Colégio de Aplicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Desta vez, ele foi conhecer e dar as boas vindas para as crianças do primeiro ano do Ensino Fundamental.


A instituição faz um ótimo trabalho de incentivo à leitura e o bate-papo com autores faz parte desse processo. Durante a apresentação as crianças ficaram muito interessadas no processo criativo. Participaram ativamente com suas perguntas e opiniões pra lá de interessantes, além, é claro, de ficarem muito curiosas para descobrir o que acontece com o girassol chamado Sol, que não queria olhar para o sol.


Sol e eu fomos recebidos com muito carinho pelas dedicadas professoras do Instituto, Olga e Maria Cristina.

Maria Cristina e Olga Guimarães, professoras do CAp-UERJ, sempre atenciosas com o Sol e sua autora.

Confiram agora alguns desses momentos divertidos e interessantes:



































Sol e eu agradecemos ao Instituto Fernando Rodrigues da Silveira - CAp-UERJ, e especialmente as professoras Olga e Maria Cristina, a oportunidade de fazer novos amigos. Contem sempre conosco!

sábado, 14 de junho de 2014

Voluntários da Copa: disposição, dedicação e simpatia!

Nas últimas semanas, as vésperas da Copa do Mundo da FIFA, considerado um dos maiores eventos esportivos do planeta, tive a oportunidade de acompanhar nas redes sociais um ataque ferrenho a um time muito seleto. Essa equipe não pertence a uma nação específica. Nem torce para um único time. Não. Ao menos não neste momento. Eles são os Voluntários da Copa!

As críticas foram muito duras e utilizaram algumas palavras bem agressivas. Isso acendeu em mim um alerta e uma vontade enorme de conhecer essas pessoas, que mesmo sendo vítimas desses ataques virtuais, se dispuseram a trabalhar de graça em um grande evento internacional. Isso me intrigou bastante, principalmente porque vivemos em uma época em que lutamos pela aceitação das diferenças e respeito a individualidade. Mas como iremos conseguir isso, se não respeitamos as escolhas de cada um, seja em que campo for. Até concordo que discordar é necessário e produtivo. Mas respeitar as escolhas é fundamental. 

Diante disso, o Blog da Fátima Augusta decidiu pesquisar mais sobre o assunto e entender melhor como funciona o trabalho desses voluntários. Para isso, conversei com algumas dessas pessoas e descobri que no país do jeitinho e da vantagem, como cansam de alardear aos quatro ventos, ainda existem pessoas motivadas por outras razões. Este texto é o resultado dessa pesquisa, que se restringiu aos voluntários sediados no Rio de Janeiro. 


Existem dois tipos de voluntariado: o Voluntário do Brasil e o Voluntário da FIFA. Juntos, eles reúnem 14 mil voluntários aprovados, escolhidos entre mais de 151 mil candidatos inscritos. Desse número, mil são estrangeiros, divididos em maior número por colombianos (130), Franceses (82) e norte-americanos (81). O tratamento é o mesmo tanto para quem é do Brasil, quanto para os estrangeiros. Eles recebem transporte, refeição (no caso dos da FIFA) e uniforme para os dias de trabalho. "O carinho que temos com esse evento é representado por eles. Eles são o rosto e o coração do evento", afirma Rodrigo Hermida, gerente dos voluntários da Copa.

Rodrigo Hermida, gerente dos voluntários da Copa.


O Voluntário do Brasil fez seu cadastramento e inscrição através do PORTAL BRASIL VOLUNTÁRIO, cuja gestão ficou a cargo da Universidade de Brasília (UnB). O Voluntário da FIFA, como já indica o próprio nome, fez sua inscrição no próprio site da FIFA.

Existem muitas diferenças entre esses dois tipos de voluntariado, mas as que considerei mais relevantes foram o número de horas trabalhadas e os locais onde esses voluntários podem atuar. 

O Voluntário do Brasil trabalha quatro horas por dia e pode escolher a data e o horário no próprio site. Ele não trabalha no interior dos estádios e o seu treinamento foi feito à distância e presencialmente, divididos em quatro módulos cada. 

Nos treinamentos à distância, via web, os inscritos conheceram um pouco da história do futebol, os biomas brasileiros e os principais parques das cidades onde acontecem os jogos da Copa. Receberam também, treinamento de primeiros socorros, incluindo controle de multidão em pânico, uso de extintores, combate a incêndios de pequeno porte e, por fim, mobilidade urbana.

Um dos quatro módulos do treinamento presencial incluiu também os primeiros socorros, sob a orientação do Corpo de Bombeiros. Os demais foram Interação e Dinâmica, visando conhecer os voluntários e como eles devem se comunicar, quando não souberem o idioma da pessoa que o abordar, além de Palestras sobre Turismo e Mobilidade Urbana. No final foi realizada uma mini campanha de vacinação dos voluntários, que incluiu a imunização contra a Hepatite B e Gripe. Foram dois treinamentos realizados na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e dois na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).

Durante os treinamentos presenciais, os voluntários do Brasil receberam lanches e nos dias de trabalho recebem, além da passagem, o Kit Voluntário, que inclui uniforme, sacola com alimentos orgânicos e crachá de identificação.

Voluntário da FIFA


Com o lema Juntos em um só ritmo, o Voluntário da FIFA faz provas de inglês, espanhol e conhecimentos gerais e é entrevistado por psicólogos. Os aprovados também realizam treinamentos à distância e presenciais. O primeiro aborda temas como o que é ser um voluntário, a história da Copa, as diferentes formas de abordagem e o que anda muito em voga atualmente, sustentabilidade.

O segundo, presencial, realiza cinco encontros com o objetivo de colocar em prática tudo o que foi ensinado via web, através da simulação de situações de atendimento, palestras educativas, entre outros. Não há treinamento de primeiros socorros, pois há um outro grupo responsável por isso. O Voluntário da FIFA trabalha dez horas, sendo uma hora destinada ao almoço, que é fornecido pela entidade, além de lanche e água. Esse voluntário pode trabalhar dentro dos estádios e neles encontra uma infraestrutura completa, como chapelaria para guardar os pertences, refeitório e sala dos voluntários, localizados no antigo Maracanãzinho. Deve chegar duas horas antes da abertura do estádio e pode vir uniformizado ou se vestir no local de trabalho. O uniforme é composto de tênis, meia, casaco, boné, calça que vira bermuda nos dias quentes, blusa e mochila.

Bem, mas agora chegou a hora de conhecermos alguns desses voluntários e saber o que os motivou para esse tipo de trabalho.


Mateus Castro, 20 anos, Voluntário do Brasil.
O primeiro voluntário que conversei foi o Mateus Castro, 20 anos, estudante do terceiro ano de engenharia. Mateus estuda em tempo integral, fala inglês e o futebol é o seu esporte favorito para assistir. "Para praticar, sou melhor no basquete", avisa. Mateus é um Voluntário do Brasil e vai trabalhar durante onze dias em duas estações do Metrô Rio. "Serão seis dias em uma e cinco em outra e não podemos trabalhar mais do que quatro horas", destaca. Questionado sobre o que o motivou a procurar esse trabalho, Mateus diz que sempre quis ter o registro de um trabalho voluntário, inclusive porque isso lhe garante horas complementares no seu currículo universitário. "Também quero ajudar o turista e praticar meu inglês", acrescenta. Sobre não receber nada, Mateus diz logo: "se é voluntário..." e complementa: "mega eventos internacionais sempre contam com a participação de voluntários, mas como está acontecendo no Brasil, as pessoas acham errado. A África do Sul, que é um país tão ou menos desenvolvido que o Brasil, contou com a participação de milhares de voluntários", lembra.

Mateus, pronto para o trabalho.

Sobre as críticas sofridas nas redes sociais, Mateus diz que não se incomodou e se mostrou até bastante compreensivo. "É a visão dos caras... Eu até entendo... São tantas denúncias... As pessoas estão tão acostumadas a ver o sistema contra elas, que acham errado o voluntariado não receber nada em um evento que rola muito dinheiro, mas essas opiniões não me incomodaram ou influenciaram", conclui firme.








Ângela Cruz, advogada, voluntária da FIFA.
Ângela Cristina de Carvalho Cruz tirou férias para trabalhar como Voluntária da FIFA. Advogada, torcedora do Vasco, mas não fanática, gosta de futebol só na Copa do Mundo. "Gosto de vários tipos de esporte, menos de luta. Natação e saltos ornamentais são os meus preferidos. Pratiquei por mais de quinze anos. Hoje, meu esporte predileto é andar de bike", conta a voluntária, que fala inglês e espanhol.

Ângela descobriu esse trabalho por acaso. Estava assistindo TV, quando viu a chamada convocando os interessados e pensou: "por que não?" Fez o seu cadastramento, recebeu o e-mail de confirmação e começou a participar do processo. Durante a dinâmica de grupo, a candidata percebeu o entusiasmo dos presentes, muitos já haviam sido voluntários em outros eventos. "Ah, isso deve ser muito bom. Quero participar! Eu vi as pessoas felizes por estarem ali. A energia é muito boa", lembra feliz, acrescentando que é "um momento histórico do nosso país". 

Sobre suas motivações para participar do evento como voluntária, Ângela enumera várias. "Ajudar o próximo, as pessoas, para que tudo aconteça com excelência de qualidade, saber como funciona um grande evento nos bastidores, exercitar meus idiomas e fazer novas amizades". A voluntária conta também, que os trabalhadores devem seguir algumas regrinhas básicas para o bom andamento do serviço, como não tirar foto, não pedir autógrafo e não sentar durante os jogos, apenas nos horários permitidos para descanso. Sobre as críticas veiculadas nas redes sociais, Ângela é categórica: "nunca me incomodaram".



Angélica Tinoco, 18 anos, desistiu do trabalho.

Angélica Tinoco, 18 anos, estudante do primeiro período de Comunicação Social, se cadastrou como Voluntária do Brasil pensando que seria voluntária da FIFA. Só mais tarde descobriu a diferença. Com inglês e espanhol fluentes, Angélica viu a oportunidade para praticar os idiomas com nativos de ambas as línguas como um dos pontos fortes do voluntariado. "Conhecer outras culturas, lidar com outro tipo de pessoa e a grandiosidade do evento nos dá uma experiência curricular muito grande, além das horas de trabalho contarem como estágio para a faculdade. Tudo isso junto foram pontos fortes, que me fizeram querer participar do trabalho", conta Angélica, que participou de todos os treinamentos, segundo ela, muito bons. "Quanto a isso, fiquei muito satisfeita! Mas o final me desapontou. Eu já imaginava que não ia ficar dentro do estádio, mas eu queria ficar no Centro Aberto de Mídia ou no entorno do estádio, só que esses lugares não estavam mais disponíveis, quando tentei agendar as minhas datas para trabalho", conta desanimada, acrescentando que trabalhar nas estações do Metrô nunca lhe interessou. "Eu moro na Taquara, não tem Metrô, é distante. Ia ser muito desgastante! Eu já estou servindo de voluntária e eles não levaram em consideração a minha escolha, desvalorizaram minha dedicação... Fiquei frustrada!", reclama aborrecida.

Sobre as críticas virtuais, Angélica não se incomodou. "Ninguém me obrigou. E a carga de novidades que eu ia ter, a experiência de vida que eu ia ganhar, em vez de ficar parada em rede social criticando os outros, não tem preço. Eu me inscrevi porque eu quis. Tivemos muitas palestras legais, com os bombeiros, com o pessoal do Metrô, todos foram ótimos!", avalia a estudante, acrescentando que pensava encontrar mais jovens entre os voluntários. "Pelo menos na minha turma tinham mais pessoas em torno dos 30, 40 anos. Achei isso um ponto negativo", avalia a voluntária, que acabou não agendando nenhuma data ou local para trabalhar.


Luiz Antonio, 20 anos, voluntário da FIFA.

Luiz Antonio Martins Dias de Azevedo, 20 anos, estudante do terceiro ano de engenharia, foi o último voluntário que conversei. Ele fala inglês fluente e adora futebol. "É o meu esporte favorito, tanto para jogar quanto para assistir", diz o estudante, acrescentando que gosta de quase todos os esportes, principalmente basquete, tênis e vôlei. Ele é Voluntário da FIFA e vai trabalhar durante dez horas em cada jogo dos sete, que acontecerão no Maracanã. O estudante também foi contagiado pelo clima de euforia durante o treinamento. "A galera já se conhece de outros eventos e estavam todos muito animados", revela.

Apesar do tempo dedicado aos treinamentos, Luiz Antonio não se arrepende de ter se inscrito para trabalhar. "Mesmo perdendo alguns finais de semana, o trabalho é muito bom para praticar o idioma e conhecer outras pessoas. Mas, acima de tudo, é a Copa do Mundo, o maior evento de futebol! Eu quero fazer parte disso", afirma com convicção, apesar de achar que o voluntário podia receber alguma coisa pelo trabalho. "Como a FIFA vai ganhar bastante dinheiro com o evento, ela poderia pagar, não muito... Mas, mesmo assim, eu queria participar", garante. 

Sobre as críticas ao trabalho voluntário veiculadas nas redes sociais, Luiz Antonio é compreensivo. "O pessoal está meio certo em falar, porque é muito dinheiro que rola. Mas para mim, o dinheiro não ia fazer diferença, não ia ser importante. Eu QUERO participar", finaliza convicto.

terça-feira, 3 de junho de 2014

MIRIAM LEITÃO: Escritora revelação 2014!

A jornalista Miriam Leitão recebeu o prêmio de escritora revelação no último dia 28 de maio de 2014, na abertura do 16º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens. Conhecida e reconhecida por sua atuação na área do jornalismo econômico, com vários prêmios recebidos ao longo da sua carreira, a mineira de Caratinga resolveu investir na literatura infantil e já começou com o pé direito. Seu livro, A perigosa vida dos passarinhos pequenos, ilustrado pelo artista plástico Rubens Matuk, surpreendeu e garantiu a escritora a premiação logo na estreia no gênero.




O Blog da Fátima Augusta conversou com a escritora na FLIST, Feira Literária de Santa Tereza, onde Miriam contou a história desses pequenos, belos e frágeis habitantes da floresta para a criançada presente ao evento, e também para o público adulto, antigos fãs da autora, ansiosos por conhecer a nova faceta da escritora. O encontro aconteceu no espaço Aquário Literário, estrutura transparente montada no meio da área do Castelo em ruínas e diante da bela paisagem do simpático bairro de Santa Tereza.

Miriam aguarda o início do evento da FLIST.

Miriam é dona de uma fazenda em Minas chamada Brejo Novo e foi lá que nasceu a inspiração para este primeiro livro dedicado ao público infantil. Foi lá também, que a jornalista observou como o desmatamento afeta a todos de uma maneira geral, mas principalmente aos pássaros mais pequenos, que não tem onde fazer seus ninhos. E esse é o ponto de partida dessa história, que foi contada primeiro para a neta mais velha, Mariana, na época com sete anos. A menina aprovou a história de imediato e fez com que a avó decidisse investir no seu "lado fofo", como costuma classificar esse momento criativo.

Miriam fez questão de ressaltar durante toda a apresentação na FLIST a importância da preservação ambiental e explicou para as crianças que a sua fazenda é também uma reserva ecológica. "A fazenda é minha, mas também é uma reserva ambiental. Não podemos cortar nenhuma árvore e já conseguimos resgatar várias espécies características da Mata Atlântica", explicou. Uma das crianças presentes se empolgou e disse: "Estamos estudando a Mata Atlântica na minha escola!" Simpática e feliz com a receptividade, Miriam seguiu despertando o interesse das crianças ao falar do ataque dos pássaros maiores aos ninhos dos mais pequenos.

Crianças atentas à contação da história.



Miriam conversa com o seu público mirim.


















Segundo livro infantil chega às livrarias

No encontro, Miriam aproveitou para contar que já tem outros livros prontos para mostrar ao seu novo público. Um deles foi lançado recentemente. A menina de nome enfeitado, ilustrado por Alexandre Rampazo, conta a história da menina Nathália, que acaba de entrar no mundo da leitura e implica muito com a letra "H". No livro, de forma bem-humorada, Miriam demonstra como o "H" pode ser muito importante nas palavras em que está presente.

A autora apresenta o novo livro, A menina de nome enfeitado.



Capa do segundo livro infantil da autora.


Miriam avisou também, que lançará, em breve, um livro sobre racismo. O tema despertou o interesse dos adultos e das crianças presentes. Alguns adultos, que se apresentaram como integrantes de famílias multirraciais, quiseram saber como a autora pretendia tratar o assunto e um deles chegou a levantar a questão do racismo entre negros e brancos ser, muitas vezes, uma via de mão dupla. De forma seca e objetiva, como estamos acostumados a vê-la, Miriam disse que "é preciso tratar essa questão priorizando aqueles que ainda permanecem sendo discriminados. O sofrimento é muito maior do lado deles", afirmou, com ar sério. Mas a seriedade logo desapareceu e um leve sorriso voltou a estampar o rosto da autora, quando uma das crianças presentes levantou a mão e pediu a palavra com ar grave. "Eu acho que você deve ter muito cuidado com essa história, porque é um assunto muito delicado", sugeriu o fã mirim, deixando a autora impressionada com a preocupação da criança. "Pode deixar que eu vou tratar o assunto com bastante cuidado", concluiu a escritora.

No final do encontro, Miriam recebeu o carinho do seu novo público. Confiram abaixo alguns desses momentos:

Antes do autógrafo, pausa para uma foto.





















O Blog da Fátima Augusta aproveitou também para registrar, conversar e 'tietar' a autora no evento: