quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

CRÔNICA DO DIA: TRÂNSITO E TRANSPORTE NO RIO TEM SOLUÇÃO!

De volta à cidade maravilhosa, depois de uma curtíssima ausência, encontrei-a imersa em um verdadeiro caos no trânsito e nos transportes. Não que ela já não estivesse quando parti há poucos dias atrás. Mas depois desses poucos dias, parece que ela ficou ainda pior. 

Minha cidade tão querida parece um canteiro de obras. O prefeito pede para que deixemos o carro em casa e utilizemos o transporte público. Essa é uma questão difícil... O Metrô pára de funcionar bem na hora do rush. A Supervia e suas constantes panes. As barcas, além de muito mais caras do que antes, parecem ter o mesmo destino. Fico pensando sempre nas palavras dos nossos governantes, sejam eles municipais, estaduais ou federais, quando decidem privatizar alguma coisa. Alegam melhorias aqui e acolá, mas o que vemos é um verdadeiro caos. Será que podemos pedir o cancelamento da concessão diante de quadro tão aterrador? Acho difícil! Ouvi outro dia o vice-governador falar sobre o problema rotineiro com os trens da Supervia. Segundo ele, "a Supervia está atendendo bem as expectativas..." Eu só queria saber exatamente quais são as expectativas a que ele se referiu. Bem, acredito que ele tenha expectativas muito diferentes das do usuário diário. Não tenho certeza, mas acho que o vice-governador não anda de trem não. 

Outra coisa que me intriga nessas privatizações e concessões é o fato do governo declarar-se incompetente para administrar alguma coisa. Sempre fiquei curiosa do motivo dos nossos governantes acreditarem que só a iniciativa privada consegue administrar de forma exemplar. Não é o que se vê quando o assunto é o transporte coletivo. Eles prometem melhorias para os anos vindouros, ainda distantes, mas hoje... Essa questão me intriga tanto...

Além de todos esses problemas, ainda temos a questão da segurança. Os assaltos aos ônibus estão deixando a população ainda mais insegura. Enfim, um quadro triste para uma cidade que é o cartão de visita do nosso país.

Bem, diante de tudo que disse acima, me surpreendi com um texto que li ontem. Nele acho que consegui encontrar a solução para o problema dos transportes e do trânsito no Rio de Janeiro. Sua autora é a escritora Rachel de Queiroz e devido à atualidade dos fatos relatados por ela, decidi colocar o seu texto no marcador CRÔNICA DO DIA do Blog da Fátima Augusta

"Os bondes", escrita em 1975, fala da agressividade do trânsito da cidade e de como os bondes poderiam ajudar na solução de problemas ainda tão atuais e tão presentes na vida do carioca.

Confiram abaixo o texto na íntegra, que faz parte da coletânea de crônicas da autora, reunidas no livro Melhores Crônicas, de Rachel de Queiroz, com seleção e prefácio de Heloisa Buarque de Hollanda.



OS BONDES

Pode ser fantasia, papel leva tudo, diz o povo, mas das gentis novidades que os jornais prometem por obra do novo prefeito do Rio, a que mais me entusiasma será a volta do bondes, imagina, os bondes. Nem acredito, a tanto não chegam as minhas veleidades. Bonde circulando pela rua, a gente esperando no poste de listra branca, escalando o alto estribo, instalando-se no velho banco de madeira, abrindo o jornal e deixando o motorneiro correr, o vento nos banhando o rosto... E o dito motorneiro badalando na sua campa delém-delém! e o condutor tilintando os níqueis no nosso nariz distraído, faz favor! - e marcando as passagens na caixa sonora do teto, e a gente puxando a sineta para descer e os pingentes circunavegando os carros - não, não ouso acreditar. Bonde, o mais civilizado veículo concebido pela técnica, bonde não esquenta, não queima óleo, não vomita fumaça, não buzina, não sai do caminho, não ultrapassa os outros, não abalroa, não agride, não vira em canal, não despenca de viaduto, não caça pedestre, não fura pneu, não quebra barra de direção, não dá tranco para acomodar a carga humana, não depende de um motorista sofrendo de psicotécnica, mas de um motorneiro pachorrento, bonde, ah, bonde, não sei o que diga em teu louvor, já que, plagiando Manuel Bandeira, por mais que te louvemos nunca te louvaremos bem!
Sim, sei que são sonhos. Mas como para Deus nada é impossível, por que não um milagre? Um anjo inspirar o prefeito e ele começar, tentativamente, pondo bondinhos a correr pela periferia da cidade, subúrbios, ilhas, esses lugares cariocas mais pacíficos. Na ilha do Governador, por exemplo, de onde tiraram os bondes foi crime, com aquelas ruas estreitíssimas à beira-mar, onde só o bonde, preso ao trilho, circulava por elas sem risco. Depois dos ônibus, é só verem as estatísticas, morre lá mais gente atropelada do que de assalto.
E a experiência dando certo em Campo Grande, Santa Cruz - os felizardos! por que não ousar uma tentativa pelo Leblon, talvez um circular pela Lagoa, seria muito turístico. Ou, ainda melhor, uma linha Leblon-Arpoador, ao longo da praia, de onde seriam expulsos os automóveis;  nos bondes os banhistas poderiam circular até de calção molhado - devolvendo-se ao uso a venerável instituição do taioba.
Falei em taioba. Alguém já pensou que, depois extintos os bondes de segunda classe, não existe mais maneira alguma de pobre carregar seus fardos - lavadeira a sua trouxa, mascate a sua mala, vassoureiro as suas vassouras, verdureiro a sua cesta? Que foi que botaram em substituição ao bonde taioba? Nada, claro. Quem pôde , comprou a sua bicicleta ou triciclo para atravancar ainda mais o tráfego. Pobre cada dia tem menos vez.
Nos tempos de eu mocinha, em Fortaleza, era de bonde que se namorava. O primeiro sinal de interesse que o rapaz dava à moça era pagar a passagem dela. Se ela aceitava, estava começado o namoro e o galã tinha direito de vir sentar-se ao seu lado, ou pendurar-se no balaústre, junto, se ela ia na ponta do banco. Menina namoradeira escolhia sempre a ponta do banco, para facilitar.
Em Belo Horizonte, no bonde que, do Bar do Ponto, subia a Rua da Bahia, quando o condutor ficava quieto lá atrás, já se sabia: era o Senador Melo Viana que vinha naquele bonde e pagava a lotação inteira.Todos se viravam em procura do perfil severo do senador que lia o seu jornal; de um lado e de outro pipocavam discretos agradecimentos mineiros e o senador se mantinha impassível, embora, naturalmente, gratificadíssimo.
As moças da Tijuca aqui no Rio, que vinham trabalhar na cidade, bordavam no trajeto de bonde grande parte do seu enxoval; muita velha senhora tijucana, hoje em dia, há de lembrar-se disso. As de Ipanema não sei, nunca me contaram. Mas todas essas galanterias se acabaram. Hoje, em transporte coletivo, só se escuta palavrão, resmungos e ranger de dentes.
Então, ante a dura realidade, ante os dinossauros assassinos disparados pelo asfalto, deixem-me sonhar com os bondes. Nesta cidade feroz, seria cada bonde uma ilha de segurança, de amável fraternidade, sempre cabia mais um! ai, saudades.
Nosso reino por um bonde!
(Rio, 07/04/1975)"

E vocês, amigos leitores, o que acham da questão? Será que a escritora Rachel de Queiroz tinha razão, quando afirmou sua paixão pelos bondes? Será essa a solução para a nossa cidade?

sábado, 4 de janeiro de 2014

CRÔNICA DO DIA: SAUDADE.

Sempre falo sobre a saudade que sinto da minha mãe.
Pessoa generosa, dedicada, carinhosa e... amiga. Muito amiga!




"Saudade, palavra triste", disse certa vez um amigo, ao me ver comentando sobre a saudade que sinto da minha mãe. Esse comentário ficou martelando na minha cabeça. 

Não acho que a saudade seja algo triste. Não. A saudade que sinto da minha mãe é... Como direi?... Saudade! Saudade de conversar com ela, da sua companhia, da sua torcida pela minha felicidade, enfim, saudade de tudo de bom que vivi e compartilhei com ela. Foram tantos momentos bons! Os momentos mais difíceis nem chegaram a deixar marcas profundas, porque ela estava ao meu lado, firme, presente. As lembranças que me vêm à cabeça são sempre alegres, prazerosas, boas. Decididamente não acho a saudade triste. Será que a minha memória está me pregando uma peça, me fazendo esconder ou esquecer as tristezas? Será?

Decidi pensar mais um pouco a respeito sobre outras saudades que tenho. Tenho saudade dos meus 15, 18, 20, 27, 30 anos. Saudades dos meus amigos de então, das festas, dos sonhos, dos ideais, das paixões avassaladoras e efêmeras. Enfim, saudade de tantas coisas!... Nem as paixões não correspondidas causaram tristeza. Me lembro até de situações engraçadas da minha juventude, envolvendo a Fátima conquistadora e apaixonada. É, continuo não achando a saudade um sentimento triste.

Mas insisto com a memória. "Vamos, busque mais fundo", digo a mim mesma. Até que encontrei algo que, se não me causa uma profunda tristeza, ao menos me faz sentir uma saudade nostálgica, de quem sabe que não vai poder voltar no tempo. Sinto essa saudade nostálgica da Fátima mais jovem, idealista, sonhadora, determinada a fazer a diferença e mudar o mundo, segundo o que acreditava ser o melhor para todos. Um mundo justo, colorido e nada desigual. Sim, esse era um sonho da jovem Fátima. Era tanta energia, tanta força, tanta vontade... Sinto saudade dessa personagem que fui um dia... Mas será que ela se foi mesmo? Será que sentir saudade dessa época me causa tristeza? 

Examino minha consciência... Faço uma varredura meteórica na minha trajetória. Aquela Fátima, tal qual era aos 20 anos, não existe mais. "A que existe hoje tem algo daquela Fátima? Esta Fátima me agrada?", pergunto a mim mesma. Passado e presente se misturam em uma corrida interior. 

Por fim, encaro o espelho, olho com atenção a Fátima de hoje. Gosto do que vejo. Não tenho mais aqueles ideais exuberantes, utópicos e grandiosos. É verdade. Mas o desejo de melhorar ao menos o pedaço de mundo em que vivo ainda está aqui. Ainda acredito nas pessoas e na transformação que pequenas atitudes podem causar no mundinho ao nosso redor. É só querer, tentar, insistir. Fácil? Nunca. Mas quem disse que seria? A chave da mudança é a perseverança e a determinação. E é isso que me aproxima da velha... Ops! Da jovem Fátima. Lá no fundo, acho que continuo idealista, sonhadora, só que em uma escala menor, talvez um pouco menos intensa. Determinada? Sempre! Menos eufórica, talvez. Mas ainda assim a Fátima.

Por todos os sentimentos, reflexões e lembranças desencadeadas é que agradeço ao meu amigo, aquele do início desta crônica, por tornar possível o encontro do passado e do futuro, com todas as lembranças, alegres ou tristes, que um encontro como esse pode trazer a tona. Termino o texto com a cabeça povoada com as belas imagens da minha infância, juventude e das pessoas que já partiram. E um breve sorriso passeia por meus lábios. Saudade... Recheada de amor, carinho, alegria... Saudade!

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

CRECHE ESCOLA LULUZINHA recebe a visita do SOL, O GIRASSOL!

Sol, o girassol fez nova visita ao bairro do Méier, no Rio de Janeiro! 

Desta vez, o local que o recebeu foi a CRECHE ESCOLA LULUZINHA. 

A contação da história foi realizada nas turmas de alfabetização. A participação e receptividade das crianças foi muito boa. Mais uma vez Sol, o girassol encantou a garotada.

Confiram agora alguns desses momentos prazerosos:












Crianças participam animadas da contação
















Recebendo o carinho da criançada.






Obrigada a equipe da Creche Escola Luluzina pela parceria e também pelo incentivo dado à leitura nos anos iniciais!



Obrigada a todas as crianças pelo carinho com que receberam Sol, o girassol e o Blog da Fátima Augusta!





segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

SOL, O GIRASSOL CHEGA À MATO GROSSO!

Sol, o girassol insatisfeito continua passeando por aí. Agora ele chegou à cidade de Cáceres, no Alto Pantanal, em Mato Grosso!

Juciane navegava na internet à procura de notícias, novidades e artigos sobre os lindos girassóis. Eles seriam o tema da comemoração do aniversário de quatro anos da sua filha, a pequena e bela Maria Eduarda. Durante essa navegação, Juciane encontrou o Blog da Fátima Augusta e nele descobriu Sol, o girassol chamado Sol que não queria olhar para o sol. Logo se interessou pelas aventuras desse girassol sonhador e decidiu que o livro seria um dos presentes da Maria Eduarda. Assim que o recebeu, Juciane, gentilmente, enviou uma mensagem: "O livro chegou. Uma graça!", disse ela, deixando Sol muito feliz

Finalmente, o aniversário! Maria Eduarda recebeu o livro de presente e sua mãe, Juciane, enviou nova mensagem para avisar que Maria Eduarda adorou o livro. 

Em sua página na rede social, Juciane publicou as fotos da feliz Maria Eduarda com o livro e escreveu: "Esse livro é fantástico! Presente da Mamãe, com direito a dedicatória da autora". Sol ficou tão orgulhoso de se ver por lá!!!

Eu queria aproveitar a oportunidade para agradecer o carinho, a atenção e a gentileza da Mamãe Juciane para com o sonhador Sol. E também desejar a Maria Eduarda muitas felicidades. Que a sua vida seja colorida, alegre e perfumada como um imenso jardim. 

Obrigada pelo carinho!


Maria Eduarda diverte-se com as aventuras do Sol, o girassol.














Concentração total na leitura.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

CRÔNICA DO DIA: VOCÊ ACREDITA EM COINCIDÊNCIA?

Não existe coincidência. Já ouvi muito essa frase. Mas há algum tempo atrás, ela ecoou forte na minha cabeça. Um fato presenciado por mim, me fez refletir muito sobre a tão curiosa e inusitada coincidência.

Cheguei à empresa cedo como de costume. Cumprimentei o segurança de todos os dias com um simpático bom dia. Seu nome era Paulo. Mas naquele dia ele estava diferente. Estava sério, cerimonioso, distante. Ao contrário dos outros dias, parecia que não me conhecia. Era como se estivesse esquecido que convivíamos há quase 10 anos. Achei estranho e fixei o olhar em sua fisionomia e foi quando encontrei uma diferença. Apesar de praticamente idêntico, esse suposto Paulo era um pouco mais gordo. Pouca coisa. E pensei: "como alguém pode ser tão parecido com outra pessoa? Será um sósia?"

Comentei o fato com meu marido. "Vai ver eles nem são tão parecidos assim", disse ele displicentemente. Mas eu insisti. "São idênticos! Um deles, o que acabei de conhecer, é um pouco mais gordo!" Meu marido me olhou com aquela fisionomia, que eu conhecia muito bem e que parecia dizer: "Já entendi. Você vai investigar. Não vai desistir, não é?" Convivência faz isso. A pessoa consegue prever alguns padrões de comportamento característicos da pessoa. É, eu não ia desistir não. Mas nem foi preciso muito esforço.

A empresa em que trabalhava era grande, com vários prédios. Era comum as pessoas se encontrarem ao deixarem seus carros no estacionamento. No dia seguinte, por uma feliz coincidência (?), encontrei Paulo, o verdadeiro, quando me dirigia para o edifício sede. Após os cumprimentos, descobri que ele estava fazendo a segurança de um dos outros prédios. Decidi falar com ele sobre o ocorrido no dia anterior. Ele já tinha conhecimento do seu sósia. Os seus chefes perceberam a semelhança,  quando o contrataram. Aliás, seria impossível não perceber. Foi, então, que tive uma grande surpresa com a história que ele me contou. 

Paulo era filho adotivo. Sua mãe biológica teve filhos gêmeos e, devido as inúmeras dificuldades materiais, não teve condições de cuidar das duas crianças. Paulo acabou sendo entregue para adoção logo que nasceu. Cresceu e, já adulto, foi trabalhar como segurança. Depois de anos prestando serviço para essa empresa, soube da contratação de um rapaz da mesma idade, muito parecido com ele, chamado Falcão. Ambos ficaram curiosos e decidiram se encontrar. Logo de imediato perceberam a semelhança e ainda desconcertados com a situação, começaram a tentar a aproximação para desvendar o mistério de suas vidas. 
"Sua mãe ainda é viva? Mora com ele?", perguntei. "Ainda não sei dos detalhes... Parece que ele foi criado por ela... Não tenho certeza... Ainda precisamos conversar mais... Só falamos que, talvez, fosse bom fazermos o teste de DNA... Mas é caro", ponderou, pensativo, Paulo, que não esboçava nenhum rancor ou mágoa. Ao contrário. Parecia um pouco atordoado, diante do inusitado da situação. Afinal, a história é incrível mesmo. Dois irmãos separados ao nascer, que escolhem a mesma profissão e acabam indo trabalhar no mesmo lugar! É, o destino, às vezes, nos prega peças...



O tempo passou e, pouco tempo depois, não vi mais Falcão. Ele saiu da empresa. Encontrei Paulo mais uma vez, mas a história com o seu provável irmão não tinha evoluído muito. O exame de DNA não foi feito. Dificuldades financeiras haviam impedido e, ao que parece, essas mesmas dificuldades, ou algum desconforto nesse encontro inesperado, haviam separado os dois prováveis irmãos. Novamente. Uma pena! As coincidências em suas vidas foram tão... FORTES! 

Mas será que foi coincidência mesmo? Será que tudo isso não faz parte de um plano divino? Será que existe um destino traçado para cada um? Será que Paulo e Falcão irão se encontrar novamente? Ou tudo não passou mesmo de uma grande coincidência? Não tenho uma resposta concreta, mas como disse um famoso escritor: "Há mais mistérios entre o céu e a terra, do que sonha nossa vã filosofia". Acho que ele tinha razão. Aliás, tinha não. TEM razão!





quarta-feira, 30 de outubro de 2013

CRÔNICA DO DIA: CASAMENTO.

Vinte anos se passaram. Duas décadas. Não sei o motivo, mas números redondos sempre fazem a gente refletir um pouco mais. Imagina quando esse número redondo se refere ao tempo de relacionamento, a duração de um compromisso firmado na juventude. Compromisso! Será que temos noção do que significa dizer SIM? "SIM, eu aceito viver com você o resto da minha vida". São tantas implicações dentro de uma palavra tão pequenina. Palavras... Palavras podem mudar o curso da história... Da nossa história.

E assim descubro, hoje, que já se passaram vinte anos daquele dia do SIM. Dia feliz. Expectativas, sonhos, projetos... Algumas metas alcançadas, outras não. Sonhos realizados, outros não. Será que conseguimos cumprir o compromisso assumido há exatos 20 anos? Mas qual era mesmo o compromisso? Ah, lembrei! Ser feliz e fazer o outro feliz! Que bonito isso! Será que conseguimos? Pausa para reflexão.

Vinte anos não são vinte dias. São vinte anos! Quanta coisa acontece em vinte anos! Fiquei pensando nisso e decidi escrever esse texto em homenagem aos nossos vinte anos de união. Tudo começou animado, alegre, festivo, projetado, idealizado... Amor misturado a paixão. É, eu vejo diferença nisso. Para mim, amor é algo mais profundo, mais calmo, mais íntimo. Paixão é fogo, já disseram vários poetas. E é mesmo. É aquela vontade de estar com o outro, de querer agarrar o outro e não deixá-lo nunca mais sair de perto de você. Ambos os sentimentos são importantes, mas o fogo diminui com o passar dos anos, porém há que se dizer algo importante: ele nunca pode se apagar. A chama tem que estar ali. Você tem que querer estar ao lado daquela pessoa. Mas essa vontade se mistura a amizade que cresce ao longo dos anos, o cuidado, a preocupação com o outro, o companheirismo... Isso! Companheirismo! Sabe aquela vontade de ver o outro se dar bem, progredir, ser bem sucedido, enfim, desejar coisas boas para aquele que compartilha sua cama e seus dias com você. Acho que isso é amor. Há quem possa discordar. Mas para mim é amor.

Mas nem tudo são flores em vinte anos. Há momentos em que os laços parecem enfraquecer, as dificuldades materiais parecem maiores do que os sentimentos, os problemas parecem maiores do que nós, do que construímos, do que prometemos um pro outro. E como reverter uma situação aparentemente fadada ao fracasso? Não sei responder exatamente, mas resgatar os sentimentos puros lá de trás, descobrir o quanto ainda nos preocupamos com o outro, pode acabar acendendo a paixão novamente. Descobrir o quanto alguém torce por você, o quanto alguém deseja o seu bem, nossa, é algo que me enche de paixão! Dá vontade de deitar novamente ao lado da pessoa e amá-la com a intensidade de um desejo que parecia adormecido! 

E vinte anos se passam... Muitas músicas embalam as relações dos jovens amantes, mas uma em especial me chamava atenção: EXAGERADO, de Cazuza. Me lembro de um dos seus cartões dizendo que, talvez, você não fosse o exagerado que eu sonhava, mas que o seu amor era. As inseguranças da paixão. Todos nós temos. E é isso que nos faz lutar para conquistar o outro sempre. Certezas demais, às vezes, podem atrapalhar. É bom sentir que não podemos esmorecer. Nunca. Nunca desistir de mimar e amar o outro. 
Na época em que me escreveu isso, talvez você pensasse que o importante para mim era que você tornasse público diariamente o quanto era apaixonado por mim. Quem sabe esse pensamento tenha feito você contratar aquele carro de som para gritar para toda a vizinhança como eu era importante para você. Meu Deus, se isso não é ser exagerado, o que será então?! Confesso que nunca esperei por algo assim. Foi muito mais exagerado do que qualquer coisa que eu tenha sonhado. Agora, 20 anos depois, você me presenteou com um cartão de 50 centímetros! Todo escrito por você! É, acho que você é um cara exagerado. Pode até ser econômico para verbalizar sentimentos no dia-a-dia, mas em certas ocasiões especiais, que só acontecem uma vez por ano, você pode ser o cara mais exagerado que conheci.

No meu cartão de aniversário deste ano (aquele de 50 centímetros), você lembrou da música do Roupa Nova, que diz em um de seus versos "Amar é envelhecer querendo te abraçar". Que lindo isso! E para conseguir alcançar esse objetivo, eu o conclamo a assumir outro compromisso. Sim, por que não? Assumirmos perante nós mesmos continuar a fazer o outro feliz. E aí, pensando nesse compromisso, me veio à cabeça, uma outra música que embalou nossa paixão há alguns anos atrás. É do cantor Lulu Santos. Sim, ele mesmo, que fez a gente cantar e dançar com ele e se amar como nunca, embalados por suas canções. Acho que se firmarmos esse novo compromisso, o que ele diz em alguns versos da música UM PRO OUTRO pode se tornar realidade, a nossa realidade! Então, lá vai:

"Nós somos feitos um pro outro, pode crer, por isso é que eu estou aqui
E não há lógica que faça desandar, o que o acaso decidir".

Não vou prometer passar mais 20 anos com você, pura e simplesmente. Promessas vagas. Isso não. O que eu quero e desejo para nós é que fiquemos juntos, enquanto houver cumplicidade, amizade, companheirismo, amor e... PAIXÃO! É, tudo isso junto. Exageradamente assim!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

BLOG DA FÁTIMA AUGUSTA: DOIS ANOS!!!


FELIZ ANIVERSÁRIO PARA O BLOG DA FÁTIMA AUGUSTA!!!


Hoje é um dia especial... É o dia do aniversário do Blog da Fátima Augusta. Dois anos se passaram desde a primeira postagem, que contava como nasceu a ideia da história do girassol chamado Sol que não queria olhar para o sol.

Muitas águas rolaram, muitas novidades surgiram, muitas ideias brotaram. E hoje, o Blog ganhou um público fiel, amigo e que espera sempre por uma nova postagem.

Por essa razão, que eu quero brindar com todos vocês este aniversário tão querido, tão festejado e tão borbulhante (de novidades, é claro! Aguardem).





Como no ano passado, eu vou aproveitar a oportunidade para divulgar as cinco postagens mais visitadas no último ano. Vejam só:

Terceiro lugar: TRABALHANDO EM EQUIPE!
Quinto lugar: ZIRALDO: 80 anos!

E vocês? Já escolheram qual a sua postagem favorita do Blog da Fátima Augusta? Opinem, escolham e, se quiserem, podem sugerir algum assunto que gostariam de ver abordado neste blog. 

Espero por vocês!

E...  Mais uma vez MUITO OBRIGADA, caríssimos leitores e amigos!!!