Estarrecida e chocada.
Foi assim que recebi a notícia da morte da vereadora do PSOL, Marielle Franco, de 38 anos, ontem à noite. Socióloga, Mestre em Administração Pública, coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da ALERJ, ao lado do deputado Marcelo Freixo.
Durante o desenrolar das primeiras notícias, li alguns poucos comentários minimizando a questão, como se fosse mais uma entre as tantas mortes que temos presenciado no Rio de Janeiro nos últimos tempos. Como se aumentar as estatísticas sombrias fosse algo natural! Não, não é! Não é porque acontece muito, que é normal! (Alguém já disse isso antes).
Mas a morte da vereadora não cabe dentro dessa estatística pura e simplesmente. É algo mais profundo, que precisa ser investigado com profundidade, cautela e determinação.
Marielle Franco não era uma voz isolada. Não. Falava por ela e por seus 46.502 eleitores. Sim, essa mulher que foi covardemente calada ontem à noite, foi a quinta vereadora mais votada da cidade do Rio de Janeiro!
Os tiros que cessaram as batidas de um coração guerreiro e calaram essa voz determinada, calaram também a voz dos seus mais de quarenta e seis mil eleitores, que se sentiam representados por ela.
Marielle merece uma apuração criteriosa, uma resposta digna e justa dos fatos envolvendo a sua morte. Seus eleitores também. E todos nós, cidadãos cariocas, brasileiros.
Que a justiça seja feita, por ela e por todos nós.
Triste notícia. Não só pela execução mas pela afronta ao estado de direito. Se já vivemos em uma cidade onde o cidadão se sente totalmente inseguro, imagine quando seus representantes são mortos por suas convicções políticas.
ResponderExcluirSim, Denis, tudo muito triste. O que tem mais me impressionado é como as pessoas insistem em não querer entender a gravidade desse assassinato e todas as suas implicações. É óbvio que ninguém está dizendo que uma morte vale mais que outra, principalmente no Rio de Janeiro, onde nem bem enxugamos as lágrimas por uma vítima e já tomamos conhecimento de outra. É algo que não podemos nos acostumar. Não é porque acontece muito que é normal. Navegando na rede, vi vários comentários condoídos, muitos. Mas também vi outros agressivos, preconceituosos, ameaçadores e por aí vai. Uma irresponsabilidade e uma total falta de empatia com os familiares da vítima. As pessoas desejam respeito, mas manifestam-se desrespeitosamente. O melhor nesse caso seria o bom e velho exercício de se colocar no lugar do outro. É infalível!
ExcluirÉ aquela hora que bate uma vergonha incrível de participar da raca humana. Para acalmar, so lembrando que por aqui, ja passaram Chico, Madre Tereza, Ghandi e outrous..
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